Os meus dois pais

31
Jan
2014

Joel Pinto, autor de "Os meus dois pais", partilha connosco a sua experiência com a campanha de crowdfunding, desde o momento em que ficou a conhecer este conceito até ao sucesso da angariação, passando pelo esforço de divulgação.

Fiquei a saber o que crowdfunding significa através de um dos sócios-fundadores do PPL, aquando da minha participação na 1ª edição do projecto Energia de Portugal e confesso que cheguei a pensar "aquilo não é para mim". Quando terminei o meu livro, e depois de ter orçamentos de várias editoras, guardei o projecto numa gaveta pensando que nunca iria conseguir amealhar esse dinheiro.

Na empresa onde trabalho actualmente, uma das minhas colegas, também ela escritora e depois de já ter editado dois livros, incentivou-me a avançar com o projecto e arranjar o dinheiro necessário, porque tudo o resto era benéfico.

Arregacei as mangas e decidi avançar com a campanha de financiamento; todo o processo foi meticulosamente trabalhado e recebi um acompanhamento de forma impecável por parte da equipa PPL.

Criei flyers, enviei e-mails, mensagens, divulguei o projecto em todas as redes sociais e, diariamente, ia actualizando os valores angariados. Ao mesmo tempo, criei passatempos com ofertas. Nesta fase, confesso que fui chato; aliás, muito chato: todos os dias apelava à partilha e à contribuição para o projecto, tendo ainda descoberto a importância da família, dos amigos e dos colegas em todo o apoio que me deram.

Apesar de ser uma temática que não diz muito a muita gente, a verdade é que consegui (ultrapassei até) o valor necessário para a edição do livro, muito também graças à ajuda de três colegas de trabalho que não se cansaram de divulgar o projecto e de falar pessoalmente com todas as pessoas que connosco trabalham.

Quanto à plataforma, recomendo vivamente a experiência a todos aqueles que queiram lutar pelos seus sonhos: insistam e persistam porque vale a pena passar por todas as etapas: desde a criação, até à obtenção do valor total. Confesso mesmo que dia-a-dia, era uma ansiedade tremenda constatar a subida da barra de percentagem do projecto rumo aos 100%.