O Teatro GRIOT leva a cena o espectáculo A Tempestade, a partir do texto de William Shakespeare, com encenação de Bruno Bravo. O projecto integra ainda a realização de um documentário da realizadora Uli Decker que parte da biografia dos actores e a mistura com elementos do texto A Tempestade. O espectáculo vai estar em cena no Teatro do Bairro de 15 de Outubro a 1 de Novembro de 2015, no dia 14 de Novembro apresenta-se no Cineteatro João Mota em Sesimbra, e em Junho de 2016, na Mostra Intern...
O Teatro GRIOT é uma companhia de actores, constituída maioritariamente por afro-descendentes, que explora as possibilidades, expressões e implicações do paradigma pós-colonial no discurso e na estética teatral.
A Tempestade, de William Shakespeare, surge na programação do Teatro GRIOT pela pertinência da exploração de um texto clássico, que aborde conceitos estruturantes da própria companhia, como a Memória e o Esquecimento, Espaço intersticial, o Outro, a Imobilidade e o Dinamismo (identitário ou cénico).
O trabalho a desenvolver com o encenador Bruno Bravo permite o aprofundamento de uma a estética teatral que experimenta as possibilidades da voz, do texto e de um teatro sem grandes artifícios plásticos ou cénicos. A Ilha, local onde todos se encontram depois da revolução de uma tempestade, é uma abstracção, um signo, que as personagens, os actores, idealizam e constroem com o texto.
PELE é um documentário ficcional da realizadora Uli Decker, que ensaia o cruzamento do texto de A Tempestade com a memória biográfica dos actores, quase todos afro-portugueses nascidos em África. Fala de cicatrizes e de escalas, da memória e de como a proximidade e a distância reinventam a história, a pessoal e a colectiva.O registo do processo de trabalho e das memórias biográficas dos actores pretende ser um objecto artístico participante da dinâmica identitária afro-portuguesa pós-colonial.O documentário tem estreia marcada para 13 de outubro de 2015, no Clube Ferroviário.
© Pauliana Valente Pimentel
Sobre o promotor
O Teatro GRIOT é uma companhia de actores, constituída maioritariamente por afro-descendentes, que explora as possibilidades, expressões e implicações do paradigma pós-colonial no discurso e na estética teatral.
Para este projecto já reunimos vários apoios, no entanto ainda nos falta uma importante parte para que o mesmo se cumpra. Com esta iniciativa contamos atingir esse objectivo ao mesmo tempo que estabelecemos ou reforçamos laços com o público que vê e sente o teatro como espaço de reflexão imprescindível.
Actores
Daniel Martinho-Trabalhou com os encenadores Adolfo Gutkin, Rogério de Carvalho, Luís Miguel Cintra, Carlos Avilez, Natália Luíza, José Peixoto, Celso Cleto e António Simão. Em cinema participou em filmes de Luís Filipe Rocha, Alain Tanner, Samuel Fuller, Jorge Silva Melo, Pocas Pascoal e Jorge António. Em televisão partipou em "Olhos de Água", "Equador", "O Regresso a Sizalinda", "A Outra", "Jikulumessu" ou "A Única Mulher". É membro fundador da GRIOT-Associação Cultural, e é actor residente do Teatro GRIOT, tendo participado nas peças "Faz Escuro nos Olhos" e "As Confissões Verdadeiras de um Terrorista Albino", encenações de Rogério de Carvalho
Giovanni Lourenço-Em teatro trabalhou com por Maria Amélia Videira e Genoveva Faísca, Adriano Luz, Ana Paula Reis e José Carretas. É actor residente do Teatro GRIOT desde a sua formação, tendo participado nas peças "Faz Escuro nos Olhos" e "As Confissões Verdadeiras de um Terrorista Albino", encenações de Rogério de Carvalho, "A Raça Forte", encenação de Nuno M Cardoso, e "A Geração da Utopia", encenação de Guilherme Mendonça. Em televisão participou em séries como "Equador", "Inspector Max", "Ele é Ela".No cinema, participou nas curta-metragens "Filmes e Telemóvel" de Adriano Luz, "Verdade Inconveniente" de Pedro Sebastião e Paulo Cuco e na longa metragem "A Ilha" de Jorge António.
Margarida Bento-Trabalhou com João Brites, Francisco Alves, Francisco Campos, João Abel, António Pires e em projetos independentes. Fundou A Vara Teatro em 2005, onde colabora como actriz e encenadora. É actriz residente do Teatro GRIOT tendo participado nas peças "Faz Escuro nos Olhos", com encenação de Rogério de Carvalho, "A Raça Forte", encenação de Nuno M Cardoso, e "A Geração da Utopia", encenação de Guilherme Mendonça.
Zia Soares- Foi uma das actrizes fundadoras do Teatro Praga, onde trabalhou de 1994 até 2000, como directora,encenadora e actriz. É directora artística e actriz do Teatro GRIOT, tendo participado nas peças "Faz Escuro nos Olhos" e "As Confissões Verdadeiras de um Terrorista Albino", encenações de Rogério de Carvalho, e "A Raça Forte", encenação de Nuno M Cardoso.