Travessia oceânica para o Brasil, em barco a remos, seguindo a rota dos navegadores portugueses. Portadora de uma mensagem de alerta para o problema premente das ‘Alterações Climáticas’ e de um abraço de amizade à nação brasileira.
Esta ‘cruzada’ reconstituirá a rota dos navegadores pioneiros e a da ‘Santa Cruz’ (a aeronave que completou a travessia aérea), só que remando em solitário entre o Cabo Bojador e Natal, no Brasil (via ilhas Canárias-Cabo Verde-Fernando Noronha), numa extensão de quase 5.000 km de oceano. A duração esperada da travessia é de 120 dias. A partida está prevista para Dezembro de 2012.
Este projecto é apoiado por Amadeu Garcia, especialista informático, como contacto-terra e, António Costa Motta, experiente canoísta, como apoio logístico. Durante o verão de 2012 uma preparação diária intensiva foi levada a cabo ao longo das praias do Algarve.
A mensagem que pretende transmitir esta travessia, que não depende da emissão de qualquer gás poluente, é a de alerta para o problema crescente das ‘Alterações Climáticas’ e a necessidade de Proteger as Florestas, em especial a Amazónia, um tesouro da Terra que coube ao povo brasileiro ser o guardião, incitando ao recurso a energias alternativas em substituição das fosséis, ao estabelecimento de políticas mais firmes de sustentabilidade e conservação, e à implementação de formas mais eficientes e racionais de exploração de recursos. As palavras de ordem deste projecto prendem-se com a Eco-eficiência: Racionalizar os recursos energéticos; Proteger o ambiente; Poupar as florestas!
‘Paraguaçú’ é o nome deste projecto de travessia e da embarcação transoceânica: significa ‘mar imenso’, numa língua indígena da Amazónia. Era o nome da índia Tupinambá, ou Catarina do Brasil, considerada a ‘mãe biológica da nação brasileira’ após a sua união com Diogo Álvares - o primeiro habitante português no Brasil, depois de naufragado junto àquela costa, em 1510. Este nome pretende homenagear a relação umbilical Portugal-Brasil - país a cujo povo estendo um abraço com os votos de ver estreitada a união entre os dois povos irmãos - e o espírito pioneiro dos navegadores quinhentistas (Pedro Álvares Cabral, em particular), mas também celebrar os 90 anos da primeira travessia aérea do Atlântico sul, concluída em 1922 por Gago Coutinho e Sacadura Cabral, bem como a graça do povo brasileiro.