Homem Morto Não Chora

Homem Morto Não Chora

«Privatize-se tudo, privatize-se o mar e o céu, privatize-se a água e o ar, privatize-se a justiça e a lei, privatize-se a nuvem que passa, privatize-se o sonho» E se algum mini...

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  • 12/02/2016

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«Privatize-se tudo, privatize-se o mar e o céu, privatize-se a água e o ar, privatize-se a justiça e a lei, privatize-se a nuvem que passa, privatize-se o sonho» E se algum ministro não tivesse percebido que o desafio de José Saramago era só uma provocação? E se já não tivéssemos nada a perder? E se perdêssemos o medo? E se encontrássemos, num segredo antigo ou na breve coragem do momento, a coragem para mudar tudo, virar o jogo e começar de novo? E se não fossemos os únicos? Esse ministro...

Nervoso como uma fera enjaulada, o ministro demissionário espera o jornalista, seu antigo aluno. Será a sua última entrevista, a derradeira oportunidade para se justificar perante o país que o viu nascer. Mas entre a culpa e a redenção levantam-se obstáculos formidáveis: um jornalista imprevisível, a sombra do verdadeiro poder e a luta de um povo inteiro. Rapidamente a entrevista deixa de o ser, exaltam-se os ânimos, o entrevistador passa a entrevistado, trocam-se acusações e um terrível segredo ameaça ser revelado.

“Homem Morto não Chora” é o primeiro original da equipa que levou Marx na Baixa a mais de 3000 espectadores em mais de 20 cidades e também ao Brasil. Com encenação de Mafalda Santos e actuações de André Levy e André Albuquerque, Homem Morto não Chora é o original mais antecipado do teatro político português. Comédia de humor ácido como o ar democraticamente rarefeito que Portugal respira, as actuações de “Homem Morto não Chora” destilam a tensão aguda entre duas personagens que, malgrado a ansiedade de se reencontrarem na humanidade comum, não podem habitar o mesmo espaço ético e olham-se, incomunicados, de classes irreconciliáveis.

“Homem morto não chora” é uma peça de teatro sobre a corrupção sem a demagogia, um espectáculo político único, porque os políticos não são todos iguais, mas é também um elogio à coragem e à dignidade da verdade, cujo mérito é levar-nos dos bastidores da corrupção passiva para a linha da frente da resistência activa. Num momento em que o descrédito dos governos e das instituições atinge a embriaguez do opróbrio, “Homem Morto não Chora” é um urgente ensaio sobre a nossa lucidez colectiva, que vem soprar actualidade nos palcos e esperança na plateia.

Pelo caminho, fica uma inquietante discussão sobre o estado de coisas e as coisas do Estado, que enquanto as máscaras vão caindo e os telefones tocam, nos pergunta se a corrupção é intrínseca à política ou se a culpa é do capitalismo; se vale a pena lutar ou se, como dizia Unamuno, somos um povo suicida. E afinal de contas, vale a pena defender a esperança? Obviamente que sim, responde "Homem Morto não Chora". E que tempos são estes, já Brecht perguntava, em que é necessário defender o óbvio? Porque em Portugal o único incorruptível é o povo português, é para ele este espectáculo surpreendente.

A caminho dos palcos portugueses chega esta peça ousada e arrebatadora, que promete revolucionar o público e pular a cínica fronteira onde acaba a política e começa a arte. É por isso que “Homem Morto não Chora” não nos deixa indiferentes, porque os seus propósitos não se esgotam no palco nem o seu efeito se extingue quando cai o pano. O poeta Paul Valèry uma vez escreveu que uma obra de arte nunca se acaba, abandona-se. E “Homem Morto não Chora” não acaba aqui.

Sobre o promotor

Não Matem o Mensageiro é um grupo de teatro político nascido formalmente em 2015 na sequência do enorme sucesso de “Marx na Baixa”, a adaptação portuguesa de “Marx in Soho”, do dramaturgo norte-americano Howard Zinn. Vista por mais de 3000 espectadores em 14 palcos de norte a sul do país e também no Brasil, “Marx na Baixa” foi elencada como uma das melhores obras teatrais do ano 2014 e bendita pela crítica como “genial”, “brilhante” e “impecável”.

Com o propósito declarado de dar continuidade ao trabalho realizado, Não Matem o Mensageiro reivindica por usucapião a sua parte da herança do teatro português de denúncia e protesto. Com uma equipa de profissionais que inclui os actores André Levy e André Albuquerque, a encenadora Mafalda Santos, o técnico João Barreiros e o jornalista e escritor António Santos, Não Matem o Mensageiro pretende abrir uma corrente de ar no panorama teatral português. Mas Não Matem o Mensageiro: nós somos só o som. De quando salta a rolha. Que nos tapava a garganta.

Currículos:

Mafalda Santos. Licenciada (2005) em Teatro na vertente Formação de Actores e Encenadores pela Escola Superior de Teatro e Cinema, trabalhou com encenadores como Rogério de Carvalho, Carlos Avilez e José Wallenstein. Tem desenvolvido projectos como encenadora e dramaturga, dos quais se destacam as peças "Marx na Baixa" de Howard Zinn, no Teatro A Barraca, "À Espera de Gorete" da sua autoria, no Teatro da Trindade, "Anfitrião", de Plauto, no Auditório Carlos Paredes, entre outras. Trabalha como actriz em projectos televisivos, entre os quais "Conta-me como foi", "Laços de Sangue" e "37". Foi actriz e argumentista residente do programa “5 para a Meia-Noite”, com apresentação de Nuno Markl.

André Levy. Doutorado em Biologia (2004), começou num teatro comunitário nos EUA, onde interpretou papéis em peças de Shakespeare, musicais, infantis e teatro de improviso. Regressado a Portugal, tem actuado em peças de Cristina Carvalhal (Cosmos, 2005; Ibsen, 2013), dos Primeiros Sintomas (Nunca Terra, 2005; Timbuktu, 2006), e Teatro da Politécnica (After Darwin, 2007). Em 2012 fez várias formações de teatro de improviso com Os Improváveis. Em 2014, interpretou o papel de Karl Marx no monólogo “Marx na Baixa”.

André Albuquerque. Licenciado em Teatro - Actores, pela Escola Superior de Teatro e Cinema, estreou-se profissionalmente (2006). Entre os vários trabalhos realizados, destacam-se as participações em "A Mãe", de Bertolt Brecht, com encenação de Joaquim Benite (2009), em "O Luto vai bem com Electra", de Eugene O'Neill, com encenação de Rogério de Carvalho (2010), em "O Mercador de Veneza", de Shakespeare, com encenação de Ricardo Pais (2012) e em "Zarabadim", de José Fanha, com encenação de Paulo Oom (2013). Conta com algumas participações em telenovelas e séries, e estreou-se no trabalho de dobragens em 2014.

Orçamento e Calendarização

Com estreia marcada para Março de 2016 e sem quaisquer apoios públicos, a possibilidade de concretizar esta peça de teatro depende da solidariedade de todos.

Precisamos de, até Fevereiro, construir o cenário, preparar o figurino e garantir a compra de material de divulgação.

Preço do bilhete: 5/8 euros (de acordo com as condições de cada sala de espectáculo)

Espectáculo itinerante com estreia marcada para dia 24 de Março, no Teatro Extremo, em Almada.

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    1 Bilhete / Agradecimento Facebook, web e folha de sala

    Faz um apoio de 20€ e para além de um bilhete gratuito para um próximo espectáculo da peça Homem Morto Não Chora, terás direito a um agradecimento na página de Facebook do nosso projecto. O teu nome passará a integrar secção permanente de "agradecimentos" na nossa página web e constará da folha de sala de todos os espectáculos.

    22 apoiantes

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    Bilhete Lénine + Bilhete duplo + Agradecimento

    Apoia com 50 euros e para além do agradecimento merecido e do bilhete duplo para a peça Homem Morto Não Chora, tens direito a um bilhete reservado para o próximo espectáculo da Associação: "A Última Viagem de Lénine".

    9 apoiantes

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    Ceia para dois + Agradecimento + Bilhete duplo

    Faz um apoio de 100€ e ganha um bilhete duplo para um próximo espectáculo à tua escolha. Depois do espectáculo, a equipa convida-te a mais uma pessoa para cear. Terás direito a um agradecimento na página de Facebook do nosso projecto e o teu nome passará a integrar secção permanente de "agradecimentos" na nossa página web e constará da folha de sala de todos os espectáculos.

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    Título de Amigo da Associação Não Matem o Mensageiro

    O contributo de "Amigo das Artes", a partir de 200 euros, dá acesso a todas as recompensas anteriores e garanta a entrega de um título de "Amigo da Associação Não Matem o Mensageiro", uma lembrança do nosso apreço.

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    Patrocínio - Publicidade para empresas

    Faz um apoio de 250€ e o logótipo da tua empresa estará presente em tudo o material de divulgação do "Homem Morto Não Chora" (Facebook, página web, postais, cartazes, folha de sal etc.). O nome da empresa também será mencionado na página de agradecimentos na Internet bem como na folha de sala.

    Ainda sem apoios. Faz o primeiro!

Sex, 19/04/2024 - 17:33

Sex, 29/07/2016 - 16:32

Vladimir Lénine vem a Portugal! Ajuda-nos a pagar o bilhete

Como já contámos com a tua solidariedade no passado, convidamos-te agora a apoiar a próxima peça de teatro da Associação Não Matem o Mensageiro: A Última Viagem de Lénine, uma h...

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Seg, 15/02/2016 - 14:14

Pagamento concluído

Os fundos angariados foram transferidos para o promotor

12/02/2016

Campanha terminou

Os fundos foram totalmente angariados com sucesso

Lançamento da campanha

14/12/2015

Junta-te a nós para poderes participar nesta campanha. Criar conta

  • Não Matem o Mensageiro

    Vladimir Lénine vem a Portugal! Ajuda-nos a pagar o bilhete

    Como já contámos com a tua solidariedade no passado, convidamos-te agora a apoiar a próxima peça de teatro da Associação Não Matem o Mensageiro: A Última Viagem de Lénine, uma homenagem à Revolução de Outubro (que em breve cumpre 100 anos) e ao velho Ilitch.

    Mais informação aqui:

    http://ppl.com.pt/pt/prj/trazer-lenine-portugal

    Um abraço amigo,

    Não Matem o Mensageiro

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