O projecto ComTextos vem ajudar a resolver a falha dos filtros para promover o jornalismo paciente, os bons e-books, as boas peças multimédia.
ComTextos: prazer em conhecer.
Problema
'Não há pior Jornalismo hoje do que no meu tempo. Há é mais mau Jornalismo e é cada vez mais difícil encontrar os muitos bons exemplos no meio do ruído do imenso mau Jornalismo que polui a sociedade de hoje'.
A frase é atribuída ao jornalista e pivô americano Tom Brokaw. Sintetiza bem o problema já antes identificado por Clay Shirky, professor universitário de novos media que muito tem escrito sobre a Internet e a sua cultura: o problema não é a sobrecarga de informação, o filtro é que está a falhar.
Quanto maior é a abundância de matéria prima informativa, mais diminui o seu valor unitário. O que conduz à desconfiança crescente dos leitores face a um artigo de jornal, um post num blogue ou um e-book. Os algoritmos ajudam a filtrar mas não substituem o olhar experimentado do jornalista. Acresce outro problema: os magos de Sillicon Valley não olham para a língua portuguesa.
Solução
Partindo daqui, resolvi lançar uma publicação com o único objetivo de promover bom jornalismo, bons e-books, bons textos e peças multimédia.
ComTextos partilhará jornalismo paciente, narrativas conseguidas, histórias importantes, escritores talentosos.
Vamos descobrir artigos relevantes e valorizá-los. E vamos escrever originais também. Exclusivamente em português. Para os leitores de português nos 5 continentes. E integrando os leitores numa rede de valorização.
ComTextos será publicada em diversos canais on line. A edição web far-se-á acompanhar de uma plataforma aberta a todos os leitores, que poderão partilhar as suas próprias descobertas e originais.
ComTextos: prazer em conhecer.
Contexto
As notícias em tempo real são uma coisa boa. As timelines nas redes sociais permitem-nos saber tudo o que se passa. Mas a web em tempo real criou um problema. Passámos a ver a realidade como um puzzle, uma pequena peça de cada vez. Perdeu-se a imagem de conjunto.
Para entender o que se passa o leitor precisa dos factos apresentados num contexto. Encadeados numa lógica. Relacionados entre si com uma escala de importâncias. Numa palavra: precisa de uma narrativa.
O tempo real afastou de nós as narrativas quando impôs a torrente sincopada dos títulos dos capítulos da história. Mas as boas histórias ainda são contadas. Alguns jornais, revistas, blogues, livros, cadernos de reportagem e publicações diversas contextualizam a realidade contando-a em histórias que não lemos porque o radar das redes sociais só nos dá sumários a conta-gotas.
É possível recuperar as narrativas e colocá-las sob o seu olhar? Acreditamos que sim. Dia-a-dia nas redes, no seu smartphone para ler no metro, no seu tablet para ler no sofá, no seu computador para ler à secretária e tirar notas. E num pacote semanal para quem prefere atualizar a leitura ao fim-de-semana. Da melhor informação e ficção para ler em qualquer aparelho, em qualquer situação, nos diversos canais que usamos, do Facebook ao Twitter, do Flipboard ao Tumblr, do e-mail ao LinkedIn.
Dão por vários nomes: jornalismo long-form, reportagem, matéria, literatura de não-ficção, artigos. Abundam na Internet, apesar de não parecer: estão soterradas na torrente imparável do tempo real. É preciso procurá-las. Filtrá-las. Escolher as melhores.
Descobrir, filtrar, partilhar e recompensar são os quatro pontos cardeais da ComTextos.
Jornalismo paciente, narrativas conseguidas, histórias importantes e escritores talentosos é o que vamos dar-lhe.
Contas
A ComTextos será um projeto sustentado pelas assinaturas, patrocínios e outros mecanismos de recompensa característicos da sociedade em rede. Mas ComTextos precisa de financiamento para a fase de instalação. O auto-financiamento é insuficiente. É aqui que o leitor entra. Mas precisa de saber para onde vai o seu dinheiro e o que obtém em troca.
As recompensas — ver ao lado — variam entre o agradecimento, com menção pública, por ser um fundador do projeto (a mínima) e direitos de promoção na rede ComTextos (a máxima).
A verba angariada servirá para cobrir as despesas do seguinte orçamento, previsto para execução ao longo de 12 meses:
- 900 euros destinam-se a pagar os originais a encomendar ao longo dos primeiros 6 meses
- 600 euros destinam-se aos custos por um ano: alojamento e mensalidades com serviços externos, como o envio por email.
- 250 cobrem os custos de desenvolvimento do software específico
- 250 euros para despesas burocráticas e obrigações oficiais
- 200 euros cobrem despesas de publicidade e promoção
(*) Espaços de publicação são conteúdos da responsabilidade dos parceiros, que respeitam os pressupostos da ComTextos e são distribuídos em todos os seus canais. Para saber mais envie um mail com as suas interrogações para paulo@querido.pt.
Paulo Querido
Sete fundadores em 2 dias e uma nota
Olá.
O começo da fase de financiamento distribuído da ComTextos está num bom ritmo, dentro da expetativa. Nem fulgurante, nem deprimente. É bom.
Aos primeiros 7 fundadores uma primeira palavra de agradecimento.
Uma nota: 2 dos 7 financiadores optaram pelo estatuto de parceiro. No final explicarei pormenorizadamente a recompensa respetiva, nomeadamente o espaço de publicação. Mas grosso modo, consiste nisso mesmo: um espaço igual às outras entradas editoriais, com o mesmo espírito, a mesma linguagem e apresentação, mas da responsabilidade do parceiro e identificado como parceria; e que sairá pelos mesmos canais e com o mesmo tratamento dos conteúdos seleccionados para as "primeiras páginas" (a ComTextos terá vários tipos de conteúdos mas só uma parte terá destaque nelas): a front page do site, o canal e-mail, os canais Facebook, Twitter, Google Plus, LinkedIn, Flipboard, e outros ainda não especificados.
Até já.
Inicie sessão ou registe-se para publicar comentários